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quinta-feira, 16 de maio de 2013

Meia década juntos!

Primeira foto que tiramos juntos
Há exatos cinco anos atrás eu deixei ele me esperando por mais de uma hora lá na estação central de Rotterdam. Não foi bem culpa minha, eu tinha saído de casa do horário certo pra pegar o trem em Schiphol (na época eu morava em Amstelveen e o aeroporto tinha a estação mais próxima). O problema é que eu ainda não tinha pegando nenhum trem na Holanda, afinal eu tinha chegado só três semanas antes. Eu não fazia ideia de como pegar trens por aqui. Fui lá no caixa, comprei minha passagem e pedi informação pra moça do caixa de como chegar até Rotterdam. Ela me explicou que normalmente o é só pegar o trem que vai pra Den Haag (Haia) e já desce direto em Rotterdam. Mas nesse dia, lógico que tinha que ser nesse dia, a linha que vai pra Den Haag tava com problema e eu teria que ir pra Utrecht, descer lá e pegar outro trem pra Rotterdam. Eu olhei pra ela e disse: QUE? Ela riu e disse pra eu não me preocupar porque em Utrecht tem um telão enorme que diz direitinho aonde pegar o trem pra Rotterdam. Ok, até aí beleza. 

O grande problema é que na Holanda existem dois tipos de trem, o Intercity para só nas estações principais entre uma cidade e outra. O Stoptrein para em todas as estações, até nas mais minúsculas, e por tanto demora quase o dobro do tempo pra chegar de A até B. E é lógico que naquela época eu ainda não sabia disso e pulei no primeiro trem que dizia Utrecht. Demorou meio século pra chegar lá. Daí desci e pulei novamente no primeiro trem que dizia Rotterdam e de novo mais o dobro de meio século. Nessa brincadeira toda eu acabei atrasando mais de uma hora. Mas é claro que eu comuniquei a ele toda minha jornada e disse que iria atrasar (no trem tem um visor que indica o horário de chegada em cada estação).

Eu fiquei apavorada achando que ele ia desistir de me esperar e cascar o fora, afinal nós conhecemos a fama de pontualidade extrema dos holandeses. Mas ainda bem que ele cresceu numa família metade grega e sabe que chegar atrasado é algo normal. Portanto, quando eu cheguei na estação toda 'esbaforida', ele ainda estava lá todo fofo me esperando. E foi assim que eu o vi pessoalmente pela primeira vez. E foi nesse dia que nos tornamos um casal e nunca mais nos separamos. 
Flores que ele me mandou quando fizemos um mês de namoro

Meu aniversário de 25 anos
Acho que já contei aqui como o conheci, mas caso você não tenha lido (e eu to com preguiça de procurar), aí vai um resuminho. Por volta de março de 2008 eu já estava com passagens compradas pra ser au pair na Holanda. Nessa época eu já conhecia, através do Orkut e alguns blogs, algumas au pairs brasileiras que moravam na região de Amsterdam. Mas eu não queria vir pra Europa e só ter amizade com brasileiras. Foi então que eu descobri que no extinto Myspace havia um chat em que poderíamos escolher a língua. Eu fui na cara dura e escolhi holandês e comecei a conversar, em inglês, com algumas pessoas lá. Uma delas era o Stefan e depois de umas três horas batendo papo por lá nós trocamos MSN (to me sentindo uma velha falando de Orkut, Myspace e MSN) e começando a bater papo todos os dias. Teve dias de virarmos a noite conversando e com o tempo eu já sabia que ele era um cara especial. Então três semanas depois que eu cheguei na Holanda ele finalmente me convidou pra conhecer a cidade dele, Rotterdam. E foi assim que tudo começou. 

Quando fizemos um ano de namoro
De lá pra cá nós passamos por poucas e boas pra ficarmos juntos. Fui meio que forçada à ir morar por quase um ano com a mãe dele e depois de muitos meses batendo de frente, aprendemos a lidar uma com a outra e a nos respeitar. Depois tivemos que ir morar na Bélgica pra conseguir um mísero visto pra mim, e por causa disso ele tinha que viajar 2,5h ida mais 2,5h volta todos os dias pra ir trabalhar. Depois de meses e meses esperando, finalmente recebemos a autorização pra nos casarmos e nos casamos no nosso aniversário de dois anos de namoro (na verdade dois dias antes, dia 14 de maio, porque dia 16 caía num domingo). Quando voltamos pra Holanda em 2011 caímos na bobagem de comprar um apartamento sem eu ter uma renda fixa. Então entramos em problemas financeiros e isso nos afetou bastante. Também houve o fato de eu ter passado por um momento muito difícil tentando lutar contra uma depressão que me perseguia. Tudo isso afetou muito nosso relacionamento, mas a cada obstáculo vencido a gente conseguia sair mais forte e mais unido.
Casamento

Hoje as coisas estão se ajeitando, eu não me sinto mais no fundo do poço. Já tem dois anos que tenho um visto e semana que vem vou dar entrada na papelada pra tirar o passaporte holandês. Estou terminando meu primeiro ano na faculdade, o que me dá grandes perspectivas de uma renda fixa em um futuro próximo. E nossos problemas financeiros estão aos poucos se resolvendo, ainda falta uns dois anos pra que estejamos completamente fora deles, mas já dá pra ver uma luz no fim do túnel.  E o mais importante de tudo é que com tantos problemas pelos quais passamos, nós ainda estamos mais apaixonados do que nunca. Nossa viagem à Praga nos fez perceber que ainda adoramos a companhia um do outro, que nos divertimos muito juntos e que a vida não faz mais sentido se não estivermos junto. Nunca fiquei tanto tempo em um relacionamento e não acredito que jamais terei outro relacionamento na vida. Agora é caminhar pra completar 1, 2, 3...décadas juntos e morrer velhinhos num festival de metal hahahaha

Não sou lá muito fã de Paramore (apesar de gostar de algumas músicas), mas acho que essa letra descreve bem o que eu sinto por ele...


3 comentários:

  1. Ahahahaha que legal a história de vc ter chegado toda " esbafurida" e ele estava lá te esperando.. muito fofo!!! fico muito feliz de te ver assim tão bem, vc merece! =)

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  2. Felicidades para o casal e boa sorte no sucesso profissional!

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  3. Parabéns a vocês! :)
    Quando você morou em Amstelveen, foi como au pair? Eu fui au pair lá tb.

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